sábado, 14 de maio de 2011

Ética e consciência ambiental, texto de Rômulo Lima Meira


Quando se faz um trabalho educacional e científico, que desperta a curiosidade e os bons sentimentos das pessoas, mostrando-lhes alternativas esperançosas para uma vida mais sadia e feliz, surge o resultado que mudará a mentalidade da atual sociedade “moderna”


Rômulo Lima Meira é professor, geógrafo e pós-graduado em Educação, Cultura e Memória na UESB – BA. Texto enviado pelo autor ao “JC e-mail”:

Segundo os dicionários a palavra ética se resume em tudo aquilo que ajuda o indivíduo a tornar melhor o meio onde vive, mais saudável e harmonioso, ou seja, a ética seria um conjunto de princípios voltados para a ação, cujo objetivo é delimitar as ações humanas.

A ética existe como uma referência para os seres humanos em sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana e responsável pelos seus atos.

A falta de ética e da frágil presença do exercício da cidadania no nosso país, dificulta a sociedade e a ciência atual em desenvolver-se adequadamente, prejudicando o ser humano que nela vive.

Muitas vezes esquecendo de que uma boa conduta é o princípio fundamental do verdadeiro exercício da cidadania, que, infelizmente em nosso país há uma deterioração moral muito acelerada por parte do cidadão em diversas situações.

Em relação às questões ambientais, vejo na ciência uma falsa ética ecológica ocorrendo, já que a maior parte daquilo que os cientistas estão pesquisando e construindo não preserva a natureza, mas a destrói.

Sobretudo, o meio ambiente é algo dinâmico e complexo, que é alvo de conhecimentos e técnicas aplicadas a uma interdisciplinaridade que atraí as ciências para explorá-lo de forma mercantilista e individualista.

Não sou contra as pesquisas, mas que a ciência invista em uma sociedade que busque o direito de viver bem. Aqui entra o papel da ética como ciência do comportamento correto do homem, que é parte integrante da grande natureza.

A sociedade precisa usar os recursos naturais para viver, sobretudo se preocupando como consumir adequadamente sem prejudicar o ambiente onde se extraiu os recursos.

Infelizmente, os cidadãos estão longe do ideal de sustentabilidade e conservação. Pois, como garantir que a retirada de certas espécies de madeira na Amazônia vai assegurar o equilíbrio dos animais que ali habitam? Se não se sabe como a floresta responde à ausência das espécies utilizadas.

Na realidade, as empresas que possuem licença para extrair madeira já estão comprando mais áreas, pois estão percebendo que as áreas manejadas anteriormente não se recuperaram e não possuem potencialidade econômica.

Temos que nos disciplinar mais diante dos problemas ambientais, no entanto, algumas pessoas acreditam que essa disciplina é, em si mesma, um dom. Sobretudo, acredito que disciplina se aprende. Buscando compatibilidade entre o progresso tecnológico e a preservação ambiental.

Quando se faz um trabalho educacional e científico, que desperta a curiosidade e os bons sentimentos das pessoas, mostrando-lhes alternativas esperançosas para uma vida mais sadia e feliz, surge o resultado que mudará a mentalidade da atual sociedade “moderna”.

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