terça-feira, 26 de julho de 2011

Fatos históricos do RN:


Uma da maiores capitanias do período colonial, o Rio Grande do Norte é doado a João de Barros, que inicia a colonização em 1535. A tentativa fracassa diante do ataque de corsários franceses e da resistência indígena. Somente no final do século, expedições portuguesas conseguem desembarcar na região, fundando o forte dos Reis Magos, em 1598, e a Vila de Natal, no ano seguinte. Vencida a hostilidade dos índios potiguares, os portugueses consolidam sua posição e saem do Rio Grande do Norte para expulsar os franceses de São Luís, no Maranhão, no início do século XVII. Com clima menos favorável ao cultivo da cana-de-açúcar, o estado torna-se centro de criação de gado para abastecimento das demais capitanias do Nordeste. Nessa época, também começa a ganhar importância a exploração do sal, que logo atrai o interesse holandês. O emprego do trabalho escravo indígena provoca forte reação dos cariris. Junto com outras tribos, eles desencadeiam a Guerra dos Bárbaros, em 1685, só encerrada com a intervenção de forças de bandeirantes paulistas nos primeiros anos do século XVIII.
Restrições econômicas - Com uma atividade econômica secundária em relação à monocultura açucareira e em face das restrições impostas pela metrópole à comercialização do sal, o Rio Grande do Norte permanece uma capitania pouco povoada e pobre. Depois da independência, a província ganha alfândega própria, instalada em Natal, e passa a comercializar alguns produtos, como o sal e a carne-de-sol. Sempre ameaçado pela seca, que atinge periodicamente quase todo o interior, consegue algum resultado na agricultura plantando algodão e, no fim do império, instala as primeiras fábricas têxteis. A vida política do estado, na primeira metade do século XX, é marcada pelo envolvimento na Intentona Comunista de 1935. Na II Guerra Mundial cede terras para bases militares norte-americanas na região de Parnamirim, próxima de Natal. Apesar dos investimentos canalizados pela Sudene a partir dos anos 60, o desenvolvimento social e econômico do estado é lento.
Situado no extremo nordeste do Brasil, o Rio Grande do Norte tem 410 km de praia, com coqueiros, lagoas, dunas e sol constante. Este cenário torna o turismo uma das mais importantes fontes de renda do estado. Ao norte da capital, Natal situa-se a praia de Genipabu, com dunas de areia branca que chegam a atingir 50 m de altura. No litoral sul, as praias são mais estreitas e marcadas por falésias, como a da Pipa, onde é possível observar golfinhos e tartarugas-marinhas. No município de Parnamirim, localiza-se o primeiro centro de lançamento de foguetes da América do Sul, a Barreira do Inferno.
O estado responde por 95% de todo o sal extraído no país. A liderança absoluta no setor é decorrente da pouca chuva, da temperatura elevada e dos ventos secos característicos da região, que favorecem a exploração das salinas. As principais estão em Macau e Areia Branca, no norte.
Outra importante fonte de recursos é o petróleo. O Rio Grande do Norte é o maior produtor nacional de petróleo em terra e o segundo no mar, atrás apenas do Rio de Janeiro. Também é o terceiro na exploração de gás natural, com 9% da produção brasileira. Em 2000, a Petrobras dobra a produção de gás no estado, construindo uma segunda unidade de processamento de gás natural em Guamaré, município-sede do Pólo Gás-Sal; e também, passa a produzir diesel e nafta no estado. O setor industrial se concentra nos distritos industriais de Natal e de Mossoró, onde predominam empresas têxteis, de confecção e de artigos voltados para o turismo. Há ainda um pólo cerâmico na cidade de Macaíba. Um programa de incentivos fiscais, implantado em 1996, visa a atrair empresas.
Agropecuária - A atividade agropecuária, caracterizada pelo baixo grau de mecanização, ocupa cerca de 70% da área do estado. A partir dos anos 90, diminui a área plantada e a produção das principais lavouras, principalmente a do algodão, atingida pela praga do bicudo. A base da agricultura é a cana-de-açúcar, cuja safra cresce 22% em 1999 em relação ao ano anterior. Outras culturas, como as de castanha-de-caju, coco-da-baía, arroz e mandioca, também estão em expansão. A produção de caju, melão, melancia, acerola e manga é quase inteiramente destinada ao exterior, principalmente para a Europa. A fruticultura, beneficiada pelo processo de irrigação, não sofre os efeitos da estiagem. Embora no período colonial o Rio Grande do Norte tenha sido um centro de criação de gado, hoje tem uma pecuária pouco expressiva, apresentando o menor rebanho do Nordeste.
Um dos estados nordestinos mais afetados pela seca, o Rio Grande do Norte inicia em 1999 a construção de duas novas adutoras abastecidas pelas bacias dos rios Piranhas e Açu e mais quatro em 2000.



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